Walter Benjamin não cabe na boca dos pós-modernos(ainda que eles tentem). O filósofo e historiador alemão possui uma contribuição para uma teoria estética cuja finalidade é a práxis. Muitos questionam se ele era ou não marxista; na realidade isto é irrelevante, pois boa parte da sua obra fragmentada serve aos mais claros objetivos revolucionários. Para o artista trabalhador e o militante da cultura em especial, os textos de Benjamin contribuem para uma estratégia correta dentro do combate político: situando a arte dentro de uma perspectiva materialista, este pensador contextualiza as transformações técnicas da arte na sua proximidade com o proletariado. Ele entende o cinema enquanto instrumento emancipador. A literatura dentro das relações de produção. A memória revolucionária enquanto desafio político ao presente.
Benjamin, pensador livre e intelectual comprometido, percebeu as modificações essenciais que capturam a arte no seu inevitável conflito com a classe dominante. Independente e plural, ele observou, por exemplo, as virtudes libertárias do Surrealismo e o potencial político do teatro de Brecht.
Seria um ganho inestimável, para a formação intelectual da juventude revolucionária do Brasil, os textos de Benjamin.
Geraldo Vermelhão
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