domingo, 16 de novembro de 2014

Os militantes da cultura não suportam mais nenhum golpe de Estado:

Quando observo em redes sociais e manifestações de rua, pessoas pedindo que o exército brasileiro dê um golpe de Estado, sou tomado por um sentimento de horror. Não é preciso ser historiador para compreender os prejuízos políticos, culturais e econômicos que o golpe de 1964 trouxe para o Brasil. Censura, prisões, torturas e assassinatos: estes são os frutos históricos da ditadura militar. Cabe salientar que não eram apenas os comunistas que eram alvo da repressão: mesmo aqueles que não faziam a menor ideia do que é luta de classes, podiam dançar já que todo o poder estava nas mãos de um governo autoritário. Agora, cinco décadas depois, algumas pessoas(dentre elas estudantes  e artistas, rs) tomadas pela fúria direitista, pedem por um novo golpe! Se estes optam pela barbárie, pelo autoritarismo, os militantes de esquerda não podem ficar calados. Não se trata apenas de ser contra ou a favor do governo, já que muitas organizações de esquerda não compactuam com este. O que está em questão é uma ofensiva ultra direitista que é hostil a própria democracia, e logo inimiga das formas culturais que integram um projeto político popular e anticapitalista.
 Especificamente aqueles que como nós lidam diariamente com a militância cultural, precisam defender a necessidade de não submeter o Brasil novamente a uma onda direitista. Mais do que antes, precisamos cantar, cantar, cantar e cantar contra as forças políticas inimigas de toda e qualquer forma de liberdade.


                                                                                                        Tupinik

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