quinta-feira, 29 de março de 2012

A MISSÃO LIBERTÁRIA DO SURREALISMO

... Esperamos exclusivamente da ação autônoma dos trabalhadores a
oposição que poderá impedir o agravamento da miséria, da ignorância e
da repressão, e sendo assim conduzir a subversão(no seu remanejamento
absoluto) do mundo atual. Essa subversão o Surrealismo foi e permanece
o único a empreende-la no terreno sensível que lhe é próprio. Seu
desenvolvimento, sua penetração nos espíritos colocaram em evidência a
falência de todas as formas de expressão tradicionais e mostrou que
elas eram inadequadas á manifestação de uma revolta consciente do
artista contra as condições materiais e morais impostas ao homem. A
luta pela substituição das estruturas sociais e a atividade
desenvolvida pelo Surrealismo para transformar as estruturas mentais,
longe de se excluirem são complementares. Sua junção deve apressar a
vinda de uma época liberada de toda hierarquia e opressão.

Grupo Surrealista de París, 1951.

A CULTURA PROLETÁRIA


... O Congresso do Proletkult de toda Rússia rechaça com maior
energia como teoricamente inexata e prejudicial a prática, toda
tentativa de criar uma cultura especial própria, de encerrar-se em sua
própria organização para delimitar as esferas de ação do Comissariado
do Povo de Instrução do Proletkult, bem como da implantação da
autonomia do Proletkult dentro das intituições do Comissariado do Povo
de instrução, etc. Pelo contrário, o Congresso impõe a todas as
organizações do Proletkult a obrigação irrecusável de considerar
internamente orgãos auxiliares da Rede de instituições do Comissariado
do Povo e de Instrução, e cumprir suas tarefas como parte das tarefas
da Ditadura do Proletariado, junto a direção geral do poder
soviético(especialmente do Comissariado do Povo de Instrução) e do
Partido Comunista da Rússia.

Lênin, 1920.

quinta-feira, 22 de março de 2012

A escrita enquanto vida



É a habilidade de se comprometer com a escrita. De escrever da mesma forma que você é! De qualquer forma! Existem muitos autores com ídeias preconcebidas sobre como deve ser a literatura, e essas idéias parecem excluir aquilo que os deixa mais charmosos em conversas íntimas.

Mostrar de vez enquando sua bichice, ou cafonice, ou sua neurastenia, ou solidão, ou sua patetice ou até sua masculinidade. Esses autores acham que escreverão algo que soa parecido com o que escreveram antes, ao invés de soar parecido com eles, ou que tenham da vida deles. Em outras palavras não há distinção. Não deveria haver distinção entre o que escrevemos e o que realmente conhecemos, pra começar. Da forma que conhecemos, no dia à dia com os outros. A hipocrisia da literatura tem sido essa: Supostamente existe uma literatura formal, que supostamente é diferente em assunto, em dicção, e mesmo em organização, de nossas inspiradas vidas cotidianas.


Allen Ginsberg, 1966

Uma lição estética

...Sem forma revolucionária não há Arte Revolucionária.

Maiakóvski, 1917

Anarquismo: Agitação artística



ARTE DE COMBATE:

...É pois o academismo, a imitação servil, a cópia sem coragem, sem talento que forma os nossos destinos, faz as nossas reputações, cria as nossas glórias de praça pública...É contra isso que levantou-se o chamado Futurismo Paulista...Façamos nós a Revolução heróica.

Oswald de Andrade, 1922


quinta-feira, 8 de março de 2012

A DIFERENÇA ENTRE O ARTISTA E O PUBLICISTA

... O artista expressa seu pensamento por meio de imagens, enquanto
o publicista comprova suas idéias com argumentos lógicos. Se um
escritor emprega argumentos lógicos em lugar de imagens, ou se as
imagens que criou lhe servem para demonstrar tal ou qual assunto, não
se trata de um artista, mas de um publicista, mesmo que escreva, em
vez de ensaios e artigos, romances, contos ou peças de teatro.

Plekhanov, (?).

REIVINDICAÇÃO DADÁ


... Uma associação internacional e revolucionária dos criadores e
intelectuais do mundo inteiro com base no comunismo radical.

Grupo Dadá de Berlim, 1919

Arte Militante contra o Fascismo

quinta-feira, 1 de março de 2012

GENIALIDADE OU DECORRÊNCIA DA DIVISÃO DO TRABALHO?

A concentrção exclusiva do talento artístico em alguns individuos e a
sua consequente supressão nas grandes massas representam o resultado
da divisão do trabalho. Mesmo que, em determinadas condições sociais,
todos fossem pintores excelentes, o fato não os impediria também de
serem pintores originais, pelo que aqui a diferença entre trabalho
humano e trabalho individual também se converte em total insensatez. A
subordinação do artista á limitação local e nacional inteiramente
resultante da divisão do trabalho, e a subordinação do individuo a uma
arte dada de modo que seja exclusivamente pintor, escultor, etc; e o
próprio nome exprimem suficientemente a limitação do seu
desenvolvimento profissional e dependência da divisão do trabalho.
Numa organização de sociedade comunista, tudo isso desaparece. Numa
sociedade de organização comunista, não há pintores, quando muito, há
pessoas que, dentre outras coisas, pintam.

Karl Marx, 1846.

A Fonte



A LUTA DO TEATRO ANARQUISTA


... O teatro burguês empenha-se em ocultar aos olhos do povo todo o
atraso em que vivemos, e apenas traça, em lances arrebatadores, a
tragédia intima dos incêndios devastadores da paixão... O teatro
social porém(embora sabotado pelas instituições capitalistas que
sustentam os mentores da literatura cênica atual) será essa tênue mas
viva nesga de luz, que, rompendo a custo das trevas do obscurantismo
das consciências ainda adormecidas, penetrará nas forças
criptopsíquicas dos individuos para trata-los como homens, e não
feras.

J. Carlos Boscolo, 1934.

Retour A La Normale

ARTE POPULAR E ENGAJADA

... Em nosso país e em nossa época, fora da Arte política não há
Arte popular.


Trecho do Manifesto do Centro
Popular de Cultura, 1962.

No pasarán!