A concentrção exclusiva do talento artístico em alguns individuos e a
sua consequente supressão nas grandes massas representam o resultado
da divisão do trabalho. Mesmo que, em determinadas condições sociais,
todos fossem pintores excelentes, o fato não os impediria também de
serem pintores originais, pelo que aqui a diferença entre trabalho
humano e trabalho individual também se converte em total insensatez. A
subordinação do artista á limitação local e nacional inteiramente
resultante da divisão do trabalho, e a subordinação do individuo a uma
arte dada de modo que seja exclusivamente pintor, escultor, etc; e o
próprio nome exprimem suficientemente a limitação do seu
desenvolvimento profissional e dependência da divisão do trabalho.
Numa organização de sociedade comunista, tudo isso desaparece. Numa
sociedade de organização comunista, não há pintores, quando muito, há
pessoas que, dentre outras coisas, pintam.
Karl Marx, 1846.
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