domingo, 23 de junho de 2013
A NOVA ARTE REVOLUCIONÁRIA VEIO DAS RUAS!
Uma proliferação de iniciativas gráficas vem fortalecendo a arte
combativa nestes conturbados dias de junho de 2013. Cartazes
Soviéticos ,cartazes do Maio de 68, Arte Pop e apropriações da arte
moderna são as referências quentes neste processo. Tais cartazes calam
a boca dos nossos adversários que não relacionam arte com política.
Entretanto, gostaríamos de frisar que as ações no campo gráfico, assim
como no audiovisual e no cênico, não podem ser apropriadas pelo
nacionalismo: como já alertamos anteriormente, precisamos combater as
imagens nacionalistas e buscar a comunicação imediata com a classe operária.
Os perigos de apropriação do movimento pela direita e pela extrema
direita são muitos. No terreno da arte devemos fazer as seguintes
observações:
1- ARTE REVOLUCIONÁRIA É APARTIDÁRIA MAS NÃO ANTIPARTIDÁRIA
2- DEVEMOS HOSTILIZAR A BANDEIRA DO ESTADO NAÇÃO:A BANDEIRA DO BRASIL
É EXPRESSÃO PLÁSTICA DO POSITIVISMO! É EXPRESSÃO DA CLASSE DOMINANTE!
3- CUIDADO COM O V DE VINGANÇA: PODE SER A VINGANÇA DA BURGUESIA, CUJO PRINCÍPIO ESTÉTICO ESTÁ EM HOLLYWOOD!
4- É PRECISO CULTIVAR REFERÊNCIAS ESTÉTICAS REVOLUCIONÁRIAS!
CONSELHO EDITORIAL LANTERNA
ARTISTA REVOLUCIONÁRIO NÃO TEM PÁTRIA! BANDEIRAS VERMELHAS E NEGRAS UNIDAS CONTRA O FASCISMO:
A grande rebelião dos nossos dias tem o seu florescer ameaçado pela
coloração do nacionalismo(um antigo degrau para a barbárie
fascista). Sob o discurso nacionalista, vários manifestantes estão
engrossando as odiosas fileiras da extrema direita.Sabemos que a
bandeira brasileira, como a de qualquer outro país, não representa os
trabalhadores mas a burguesia que impede uma fusão cultural
libertadora entre os povos. Mediante a esta situação uma primeira
resolução prática dos artistas revolucionários é: COMBATER AS IMAGENS
NACIONALISTAS PRODUZIDAS PELA MÍDIA BURGUESA E USADAS PELA DIREITA
TRUCULENTA PARA REPRIMIR MILITANTES DE ESQUERDA.
Observamos que o ódio contra as instituições capitalistas provocam
atos de destruição e depredação. Apesar de compartilharmos deste ódio,
julgamos que tal energia vem sendo mal canalizada, se levarmos em
conta os objetivos políticos concretos da libertação: a revolta contra
a simbologia da cultura dominante deve alcançar grande envergadura
ideológica e não simplesmente ser um pretexto(um erro infantil) para a
intensificação da repressão policial. Ou seja, A ARTE REVOLUCIONÁRIA
DEVE MOBILIZAR AS ENERGIAS CRIATIVAS PARA SE COMUNICAR COM A CLASSE
OPERÁRIA: APOIANDO MOVIMENTOS SOCIAIS, PARTIDOS, LIGAS E OUTRAS
ORGANIZAÇÕES, OS CONSELHOS DE CULTURA INDEPENDENTES DEVEM PROMOVER A
AGITAÇÃO REVOLUCIONÁRIA NOS PLANOS ESTÉTICO E POLÍTICO.
Não podemos aceitar a destruição pela destruição pois esta justifica a análise
moralista da imprensa burguesa. Devemos sim concentrar esforços para
instruir, esclarecer, criticar e provocar contextos estéticos para
colocar os trabalhadores nas ruas. COMUNISTAS E ANARQUISTAS DEVEM EM
SUAS DIFERENÇAS POLÍTICAS ATUAR CONTRA O NACIONALISMO E O FASCISMO. É
preciso que estejamos atentos ás estratégias que tornam eficazes os
protestos. NESTES DIAS DE LUTA OS TRABALHADORES REVOLUCIONÁRIOS DA
CULTURA DEVEM SE UNIR CONTRA O ESTADO CAPITALISTA.
CONSELHO EDITORIAL LANTERNA
quarta-feira, 19 de junho de 2013
PROPOSTA PARA LANÇAMENTO DE CONSELHOS DE CULTURA INDEPENDENTES:
As tendências revolucionárias que atuam hoje nas ruas das cidades
brasileiras, necessitam da colaboração sistemática no plano da ação
cultural. Mediante á existência de inúmeros companheiros e
companheiras que atuam no campo da arte, o movimento precisa adquirir
força no campo estético: enquanto a mídia burguesa impõe
exaustivamente a simbologia alienante do futebol e do " amor á pátria
"(este é o último refugio da classe dominante em pânico com as
manifestações), precisamos desenvolver a Estética da revolta.
Fundamental até aqui tem sido a releitura poética das flores no lugar
das armas e as palavras de ordem que ofuscam o verbo da propaganda
capitalista. Entretanto nós gostaríamos de acrescentar que a poesia, o
teatro, a música e o audiovisual (espalhado como nunca através das
centenas de câmeras em punho), devem exercer AGORA um papel ativo para
fortalecer ainda mais a luta contra as forças políticas que defendem a
burguesia.
ENQUANTO SOLUÇÃO PRÁTICA, NÓS DO LANTERNA PROPOMOS A PROLIFERAÇÃO DE
CONSELHOS DE CULTURA INDEPENDENTES. Longe de nós exigir uma direção
coordenada neste campo. Nosso apelo está destinado aos mais diferentes
grupos políticos e militantes espalhados nestes dias de luta.
Partidos, ligas, grupúsculos e indivíduos devem cada vez mais agir
dentro de uma ação descentralizadora que pretende disseminar estes
conselhos.
Como é sabido o estopim da luta pelo Passe Livre desencadeou uma
série de insatisfações políticas no país. Enquanto militantes da
cultura, nosso desejo é que a arte colabore concretamente para o
fortalecimento da consciência revolucionária . TODO PODER AOS
CONSELHOS DE CULTURA REVOLUCIONÁRIA!
CONSELHO EDITORIAL LANTERNA
brasileiras, necessitam da colaboração sistemática no plano da ação
cultural. Mediante á existência de inúmeros companheiros e
companheiras que atuam no campo da arte, o movimento precisa adquirir
força no campo estético: enquanto a mídia burguesa impõe
exaustivamente a simbologia alienante do futebol e do " amor á pátria
"(este é o último refugio da classe dominante em pânico com as
manifestações), precisamos desenvolver a Estética da revolta.
Fundamental até aqui tem sido a releitura poética das flores no lugar
das armas e as palavras de ordem que ofuscam o verbo da propaganda
capitalista. Entretanto nós gostaríamos de acrescentar que a poesia, o
teatro, a música e o audiovisual (espalhado como nunca através das
centenas de câmeras em punho), devem exercer AGORA um papel ativo para
fortalecer ainda mais a luta contra as forças políticas que defendem a
burguesia.
ENQUANTO SOLUÇÃO PRÁTICA, NÓS DO LANTERNA PROPOMOS A PROLIFERAÇÃO DE
CONSELHOS DE CULTURA INDEPENDENTES. Longe de nós exigir uma direção
coordenada neste campo. Nosso apelo está destinado aos mais diferentes
grupos políticos e militantes espalhados nestes dias de luta.
Partidos, ligas, grupúsculos e indivíduos devem cada vez mais agir
dentro de uma ação descentralizadora que pretende disseminar estes
conselhos.
Como é sabido o estopim da luta pelo Passe Livre desencadeou uma
série de insatisfações políticas no país. Enquanto militantes da
cultura, nosso desejo é que a arte colabore concretamente para o
fortalecimento da consciência revolucionária . TODO PODER AOS
CONSELHOS DE CULTURA REVOLUCIONÁRIA!
CONSELHO EDITORIAL LANTERNA
segunda-feira, 17 de junho de 2013
sexta-feira, 14 de junho de 2013
ARTISTAS EM LUTA
A opressão contra a classe trabalhadora hoje é um fato que assume
diferentes formas. Nas ruas de várias cidades brasileiras,
trabalhadores, estudantes, intelectuais e... ARTISTAS enfrentam os
abusos econômicos no transporte público. Enquanto o Estado
capitalista responde com a tradicional violência policial, verificamos
paralelamente o reforço ideológico dentro da cultura oficial:
determinados grupos religiosos e os grandes meios de comunicação de
massa insistem em anestesiar a consciência das massas, falando em
borboletas, pecado e distorcendo o sentido histórico da luta operária.
Porém, contrariando as determinações da ordem capitalista, movimentos
políticos revolucionários estão reagindo... Tratando-se especificamente
da condição do artista, julgamos que ele possui uma contribuição ímpar
neste processo.
É claro que nos referimos aqui aos companheiros que se ocupam da
arte para intervir criticamente sobre a realidade social, e não aos
ratos talentosos que caminham pelas ruas imaginárias feitas de tintas
e comércio(enquanto que na realidade as ruas tornaram-se palco para as
lutas sociais). Os verdadeiros artistas revolucionários estão nas ruas
enfrentando a opressão ao lado dos trabalhadores, fazendo da
imaginação uma arma e protestando nos espaços físicos e digitais. O
artista revolucionário cria possibilidades para o desejo reprimido ser
liberado. Ele cria imagens que pela sua lógica interna(incompatível
com os imperativos partidários mas sintonizada com o projeto
revolucionário), invalidam as falsas imagens do sistema. Diante do
quadro de lutas que se abre na realidade brasileira, o artista precisa
assumir a sua missão libertadora dentro da militância(o que
evidentemente não faz da arte uma subordinada da política, mas uma
aliada que pela sua natureza particular enfrenta a ordem burguesa).
Expressamos mais uma vez aqui o apoio aos artistas que lutam nos
diferentes espaços sociais por um país habitável, por uma cultura que
contemple os trabalhadores controlando a economia e a política. Não há
tempo para lacaios que reforçam a ideologia dominante. É chegada a
hora dos artistas esquecerem de vez o narcisismo pequeno-burguês
vinculado ao conceito de " gênio " e assumir o seu papel de
trabalhadores revolucionários da cultura.
CONSELHO EDITORIAL LANTERNA
diferentes formas. Nas ruas de várias cidades brasileiras,
trabalhadores, estudantes, intelectuais e... ARTISTAS enfrentam os
abusos econômicos no transporte público. Enquanto o Estado
capitalista responde com a tradicional violência policial, verificamos
paralelamente o reforço ideológico dentro da cultura oficial:
determinados grupos religiosos e os grandes meios de comunicação de
massa insistem em anestesiar a consciência das massas, falando em
borboletas, pecado e distorcendo o sentido histórico da luta operária.
Porém, contrariando as determinações da ordem capitalista, movimentos
políticos revolucionários estão reagindo... Tratando-se especificamente
da condição do artista, julgamos que ele possui uma contribuição ímpar
neste processo.
É claro que nos referimos aqui aos companheiros que se ocupam da
arte para intervir criticamente sobre a realidade social, e não aos
ratos talentosos que caminham pelas ruas imaginárias feitas de tintas
e comércio(enquanto que na realidade as ruas tornaram-se palco para as
lutas sociais). Os verdadeiros artistas revolucionários estão nas ruas
enfrentando a opressão ao lado dos trabalhadores, fazendo da
imaginação uma arma e protestando nos espaços físicos e digitais. O
artista revolucionário cria possibilidades para o desejo reprimido ser
liberado. Ele cria imagens que pela sua lógica interna(incompatível
com os imperativos partidários mas sintonizada com o projeto
revolucionário), invalidam as falsas imagens do sistema. Diante do
quadro de lutas que se abre na realidade brasileira, o artista precisa
assumir a sua missão libertadora dentro da militância(o que
evidentemente não faz da arte uma subordinada da política, mas uma
aliada que pela sua natureza particular enfrenta a ordem burguesa).
Expressamos mais uma vez aqui o apoio aos artistas que lutam nos
diferentes espaços sociais por um país habitável, por uma cultura que
contemple os trabalhadores controlando a economia e a política. Não há
tempo para lacaios que reforçam a ideologia dominante. É chegada a
hora dos artistas esquecerem de vez o narcisismo pequeno-burguês
vinculado ao conceito de " gênio " e assumir o seu papel de
trabalhadores revolucionários da cultura.
CONSELHO EDITORIAL LANTERNA
terça-feira, 11 de junho de 2013
MÚSICA ANTROPOFÁGICA: TRECHO DA LETRA "PANIS ET CIRCENSES "
Eu quis cantar
Minha canção iluminada de sol
Soltei os panos sobre os mastros no ar
Soltei os tigres e os leões nos quintais
Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
Caetano Veloso/Gilberto Gil, 1968.
O CINEMA EM PUDOVKIN:
...Se a montagem for uma mera combinação descontrolada das várias
partes, o espectador não entenderá (apreenderá)nada; ao passo que se
ela for coordenada de acordo com o fluxo de eventos definitivamente
selecionados, ou com uma linha conceitual, seja ele movimentado ou
tranquílo, a montagem conseguirá exitar ou tranquilizar o espectador.
Pudovkin, 1926.
partes, o espectador não entenderá (apreenderá)nada; ao passo que se
ela for coordenada de acordo com o fluxo de eventos definitivamente
selecionados, ou com uma linha conceitual, seja ele movimentado ou
tranquílo, a montagem conseguirá exitar ou tranquilizar o espectador.
Pudovkin, 1926.
sexta-feira, 7 de junho de 2013
ARTISTAS E ESTUDANTES EXIGEM TODA LICENÇA EM ARTE:
O diretor teatral José Celso Martinez Côrrea, a quem o teatro brasileiro deve muito em matéria de revolta e invenção, foi intimado pela polícia de São Paulo. As autoridades exigem que Zé Celso reconheça os atores do Teatro Oficina que teriam tomado parte numa performance em que o Papa teria sido degolado. Esta intervenção do grupo ocorreu na Puc da cidade de São Paulo, num momento em que tanto a citada universidade quanto a própria cidade estão sendo sacudidos por uma onda de protestos: enquanto que na Puc os estudantes não aceitam o processo antidemocrático da escolha da reitoria, nas ruas outros militantes se rebelam contra o aumento no valor da passagem de ônibus. Diante desta atmosfera opressora e autoritária, a arte só pode responder com a sua violência simbólica, com a sua natureza transgressora cujo o significado maior é a busca pela liberdade total. A turma do teatro Oficina sabe disso... Além da inquestionável competência cênica, o Oficina desde os anos sessenta cumpre o papel de colocar em cheque todos os tabus(sejam eles sexuais, religiosos, químicos, econômicos, estéticos e políticos).
É natural que os guardiães da ordem estabelecida procurem reprimir estudantes, artistas e trabalhadores que não se sujeitam aos ditames da sociedade burguesa. A opressão política nas universidades, a violência econômica contra os trabalhadores e a tentativa policialesca de intimidar a arte rebelada, participam de um mesmo momento conservador do Brasil. Mas é preciso lutar, é preciso cantar, é preciso arrancar a grande cabeça que pensa a castração, promove a culpa e aliena as massas. Nós nos solidarizamos integralmente com os companheiros antropófagos do Teatro Oficina, para quem a liberdade do artista é um fato que enriquece a cultura revolucionária. A tomada de consciência dos problemas políticos deve estar acompanhada da criatividade libertária do artista. O que os estudantes e os militantes da cultura exigem é toda a liberdade para o artista que participa dos problemas do seu tempo.
CONSELHO EDITORIAL LANTERNA
terça-feira, 4 de junho de 2013
DOS ESCRITOS SOBRE ARTE, LITERATURA E POLÍTICA, DE BRECHT
(...)Vivemos numa situação onde qualquer coisa pode ser errada ainda
que possua uma forma estética admirável. O belo não deve mais nos
parecer verdadeiro, pois o verdadeiro não é compreendido como belo. É
preciso desconfiar fundamentalmente do belo.
(...). A crítica deve ser materialista e deduzir uma forma de arte de
um fim prático.
(...). A cultura, durante muito tempo defendida apenas com as armas do
espírito, mas atacada com as armas materiais, ela mesma uma coisa não
apenas espiritual, mas também e sobretudo material, deve ser defendida
com armas materiais.
(...)Não se vive para ter emoções, a gente vive e tem emoções(...).
Pintores comunistas, se perguntarem se vocês se são comunistas, vale
mais mostrar como prova os vossos quadros do que a carteira do
Partido.
(...) A arte exige conhecimento. A observação da arte não pode
produzir um verdadeiro prazer se não existe a arte da observação.
(...). Existe cem meios de dizer ou de calar a verdade. Nós deduzimos
nossa estética, como nossa moral, das exigências do nosso combate.
Bertolt Brecht.
A REVOLUÇÃO CULTURAL SEGUNDO LENIN:
(...)Sim, observo o ballet, o teatro, a ópera e as exposições de
pintura e escultura novas e novíssimas, as quais evidenciam e muito,
no estrangeiro, que nós bolcheviques não somos tão terrivelmente
bárbaros como eles supõem. Não nego estas manifestações e outras
semelhantes da cultura, e muito menos ás subestimo. Mas confesso que
me alegra mais a fundação de duas ou três escolas primárias em aldeias
perdidas, do que o mais maravilhoso que possa se exibir em uma
exposição. A elevação do nivel cultural geral das massas criará o
terreno firme do qual brotará forças poderosas e inesgotáveis para o
desenvolvimento da arte, da ciência e da técnica. Em nosso país é
extraordinariamente grande o entusiasmo para criar uma cultura e
difundi-la. É preciso confessar que, neste entusiasmo, realizamos
muitas experiências e ao lado da seriedade há muito de infantil, e
pouco maduro, que consome energias e meios(...) O mais importante para
a Revolução cultural desde o momento da tomada do poder pelo
proletariado é o despertar das massas, sua sede de cultura. Se formam
homens novos, criados pelo novo regime social e ao mesmo tempo
criadores deste regime.
Lenin(?).
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