Mais um ano de luta! E olha que foi um ano difícil: sustentar a relação revolucionária entre arte e política quando o Brasil e o mundo mergulham no conservadorismo, não é uma tarefa fácil. Mas não tem outro remédio: é preciso participar da luta de classes, posicionando-se ao lado dos trabalhadores.
Estamos cientes de que num cenário político polarizado como o do Brasil atual, tratar do caráter político e da capacidade de intervenção da arte no desenvolvimento da consciência, acarreta numa tensão constante. A exemplo de tantos outros camaradas, estamos aptos para lidar com esta situação. Seja com textos analíticos, com textos de caráter literário, acreditamos que as edições do nosso boletim representam uma tentativa de fornecer munição estética para o front cultural. 2018 promete. Estaremos com a pena na mão para escrever sobre a libertação do homem. Voltaremos na segunda metade de janeiro.
segunda-feira, 11 de dezembro de 2017
domingo, 3 de dezembro de 2017
Boletim Lanterna. Ano 07. Edição 89
ARTE = IDEOLOGIA?
Só poderemos chegar a uma resposta satisfatória longe das deformações filosóficas do marxismo vulgar. Não existe arte fora da ideologia, mas é preciso compreender a maneira específica em que o estético expressa o ideológico.
A HISTÓRIA das sociedades humanas envolve: INFRAESTRUTURA / BASE ECONÔMICA e SUPERESTRUTURA. Formas jurídicas e políticas legitimam o poder das classes dominantes, proprietárias dos meios de produção. É o ESTADO quem cumpre este papel. A superestrutura revela formas definidas de consciência social, que podemos chamar de IDEOLOGIA. Enquanto componente da superestrutura, A ARTE faz parte da produção ideológica da sociedade, ou seja, enquanto experiência estética ela participa da construção de uma percepção em que o poder e os valores das classes dominantes surgem como algo natural e eterno. Mas como sabemos, a arte também pode ser uma arma contra a ideologia dominante, exprimindo as ideologias de classes dominadas.
A arte não é mero reflexo ideológico. É preciso compreender os fenômenos artísticos de acordo com mediações: as influências estéticas e a trajetória do artista, por exemplo, pesam sobre o significado das obras de arte.
A ARTE É FRUTO DE UMA NECESSIDADE INTERNA QUE POSSUI RELAÇÕES DIRETAS COM A PSICOLOGIA SOCIAL DE UMA ÉPOCA. A PRODUÇÃO ARTÍSTICA NÃO É DESCULPA PARA REFLETIR MERAS IDEOLOGIAS. PORÉM, A ARTE EXPRESSA AS IDEOLOGIAS DAS CLASSES SOCIAIS. CABE AO ARTISTA REALIZAR UMA OPÇÃO DE CLASSE. A ARTE EM SUA RELATIVA AUTONOMIA, NUNCA ESTÁ ACIMA DAS LUTAS SOCIAIS.
Só poderemos chegar a uma resposta satisfatória longe das deformações filosóficas do marxismo vulgar. Não existe arte fora da ideologia, mas é preciso compreender a maneira específica em que o estético expressa o ideológico.
A HISTÓRIA das sociedades humanas envolve: INFRAESTRUTURA / BASE ECONÔMICA e SUPERESTRUTURA. Formas jurídicas e políticas legitimam o poder das classes dominantes, proprietárias dos meios de produção. É o ESTADO quem cumpre este papel. A superestrutura revela formas definidas de consciência social, que podemos chamar de IDEOLOGIA. Enquanto componente da superestrutura, A ARTE faz parte da produção ideológica da sociedade, ou seja, enquanto experiência estética ela participa da construção de uma percepção em que o poder e os valores das classes dominantes surgem como algo natural e eterno. Mas como sabemos, a arte também pode ser uma arma contra a ideologia dominante, exprimindo as ideologias de classes dominadas.
A arte não é mero reflexo ideológico. É preciso compreender os fenômenos artísticos de acordo com mediações: as influências estéticas e a trajetória do artista, por exemplo, pesam sobre o significado das obras de arte.
A ARTE É FRUTO DE UMA NECESSIDADE INTERNA QUE POSSUI RELAÇÕES DIRETAS COM A PSICOLOGIA SOCIAL DE UMA ÉPOCA. A PRODUÇÃO ARTÍSTICA NÃO É DESCULPA PARA REFLETIR MERAS IDEOLOGIAS. PORÉM, A ARTE EXPRESSA AS IDEOLOGIAS DAS CLASSES SOCIAIS. CABE AO ARTISTA REALIZAR UMA OPÇÃO DE CLASSE. A ARTE EM SUA RELATIVA AUTONOMIA, NUNCA ESTÁ ACIMA DAS LUTAS SOCIAIS.
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