Existem datas, existem anos cujas imagens representam um pavio do passado que será acesso no futuro. Obviamente que a história não se repete: Marx ensinou que cada acontecimento ocorre em circunstâncias específicas. Mas se temos que fazer uso do material do passado para continuarmos a fazer história, então seria de grande importância seguir o conselho de Walter Benjamin: pensar as energias libertárias do passado para inspirar as lutas dos oprimidos de hoje. Sendo assim, é preciso ter a exata consciência de que este exercício com o passado consiste numa experiência que é ao mesmo tempo política e estética. A arte fornece as imagens revolucionárias nos encontros progressistas entre os diversos períodos da história.
2018- 1968 - 1848. A segunda e a terceira data, possibilitam um fluxo de imagens revolucionárias que abastecem as energias da primeira data(ou seja, os dias que correm).
1848: Primavera dos povos... As lutas do proletariado. Publicação do Manifesto Comunista, de Marx e Engels. " Tudo que é sólido se desmancha no ar ". A luta de classes enquanto MOTOR da história. Imagens que incendeiam a consciência dos trabalhadores.
1968: A imaginação no poder... Revoltas contra a sociedade burguesa. " É proibido proibir ". Revolução e contracultura desafiando os fundamentos da civilização capitalista.
2018: um ano em construção. Mediante as ameaças conservadoras, é preciso que a vida cultural da esquerda seja nutrida com as imagens revolucionárias: neste sentido 1848 e 1968, por exemplo, são épocas que fornecem combustível poético para a classe trabalhadora dos nossos dias.
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