domingo, 22 de abril de 2018

Boletim Lanterna. Ano 08. Edição 105

Hoje estamos profundamente tristes: a notícia da morte de Nelson Pereira dos Santos, um dos maiores cineastas do Brasil e do mundo, nos pegou de surpresa. Mas ao mesmo tempo em que estamos de LUTO,  sentimos também cair sobre nós uma enorme responsabilidade histórica: é hora de LUTAR pelo cinema revolucionário brasileiro. A contribuição de Nelson neste terreno é incalculável na medida que o próprio autor foi um dos pioneiros de um cinema que mostrou, com autenticidade e realismo, o Brasil.
 Este fato nos compele a uma tarefa cultural em que é preciso: 1- Divulgar para a nova geração o extraordinário legado cinematográfico de Nelson Pereira dos Santos. 2- Pensar a herança estética do cinema de Nelson e logo sua importância para um programa cinematográfico que tem como objetivo retratar criticamente a realidade brasileira.
  A marca de Nelson Pereira dos Santos no cinema brasileiro não irá desaparecer porque ele fez parte de uma geração que, já na década de 1950, colocou a sétima arte na rota da política. Foi ele quem ajudou a acertar o ponteiro do cinema com o melhor da literatura de esquerda do Brasil: Nelson levou para as telas obras dos escritores  Graciliano Ramos e Jorge Amado. Tratava-se de um tipo de intelectual que deve ser modelo para os mais jovens: Nelson foi um cineasta comprometido com o nosso povo. Seus filmes, tais como Rio, 40 graus(1955), são obrigatórios para se entender o nosso país. Muito obrigado Nelson Pereira dos Santos. 

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