domingo, 17 de junho de 2018

Boletim Lanterna. Ano 08. Edição 113

Os trabalhadores precisam desconfiar de toda história que começa com  " Era uma vez "... O perigo mora nos glamorosos relatos. Reportagens com ritmo de conto de fadas e filmes com cara de vídeo game,  ocultam sempre os heróis que protegem com seus escudos a classe dominante.
As historias pra boi dormir estão sempre acompanhadas de celebridades, de indivíduos considerados extraordinários. Mas e o homem do povo, o operário que segue apagado na multidão? Como este operário muitas vezes sem rosto e sem língua, pode ser narrado? Por que alguém precisa salva-lo? Por que ele não assume o controle da narrativa e afirma-se como sujeito histórico?

 Vagando pelas cidades abarrotadas de gente faminta, operários conhecem somente sonhos autoritários e sonhos sobrenaturais. Ele nem desconfia que é parte de uma classe que pode conferir uma nova direção para o mundo... Sim, uma direção política transformadora, na qual os trabalhadores não precisam de super-heróis...

 As narrativas dominantes, condicionadas pelos interesses do capital(este é o grande personagem que está por trás de todas as histórias mentirosas), trazem sempre um grande líder, o chamado vencedor. Porém, acreditamos nos vencidos! O que nós propomos é a produção de textos e imagens em que os trabalhadores não decoram os cenários mas são o centro da ação. Estes produtos artísticos apresentam uma evidência que é preciso mostrar ao povo:

AS MASSAS SÃO AS PROTAGONISTAS DA HISTÓRIA. 

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