O impulso destrutivo que caracteriza vários protestos realizados nos últimos tempos, não passa despercebido entre aqueles que se dedicam a criação artística. Não se trata de apoiar aquilo que muitos insistem em denominar de " vandalismo "(expressão exaustivamente utilizada pela mídia burguesa, com seus cacoetes que lembram muito o Império romano em seus momentos de agonia...). Na verdade, nós concebemos aqui a violência exclusivamente no plano estético(no que se refere ao uso da violência no contexto político, existem diferentes maneiras de se posicionar perante o problema, não cabendo aqui apontar uma resolução). De qualquer maneira, o ódio contra os símbolos do capital assumem dimensões plásticas, resoluções formais: vídeos e cartazes andam captando isto de modo preciso.
Acreditamos que os companheiros reunidos em suas respectivas organizações políticas, devem estar fazendo questionamentos na esfera da criação artística. Sendo assim, existem algumas questões que achamos oportunas realizar no momento:
1- De que maneira a linguagem dos vídeos revolucionários se diferencia da linguagem audiovisual da mídia burguesa?
2- Como fazer com que a arte gráfica esteja cada vez mais inserida no cotidiano da juventude operária?
3- Como preservar dentro das canções revolucionárias a autenticidade das estruturas musicais cooptadas por grupos religiosos conservadores?
4- Qual estratégia a poesia deve ter dentro da luta política? A forma do romance é uma estratégia literária que corresponde a este momento de agitação política, pautada pela cultura audiovisual?
5- Por quais caminhos o artista revolucionário pode inovar as formas de ação dentro da esquerda?
6- O teatro deve estar no palco ou nas ruas?
7- Como subverter os signos urbanos?
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