Se a caretice generalizada é produto de uma onda conservadora que estendeu-se pela cultura brasileira nas últimas três décadas, cabe a nós realizarmos a seguinte pergunta: quais artistas e intelectuais ainda podemos tomar como referência para nos fortalecermos no combate diário? Infelizmente existem poucos. Dentre eles encontramos Luiz Carlos Maciel, 77 anos. Filósofo, jornalista e homem de teatro, Maciel é sinônimo de contracultura no Brasil. Atualmente o escritor está elaborando um livro sobre as possíveis relações entre os hippies com o filósofo Heidegger.
O pensador gaúcho Luiz Carlos Maciel foi um dos responsáveis pela abertura mental dentro da esquerda brasileira. Ele soube atualizar a vida da juventude dos anos sessenta e setenta com seus artigos sobre as experiências de contestação frente ao modo de vida ocidental. Ele foi um dos articuladores da revolução cultural deflagrada na segunda metade dos anos sessenta no Brasil: enquanto a ditadura tentava sepultar todas as formas de utopia, Maciel interagia com gente como Glauber Rocha, José Celso Martinez Correa e Caetano Veloso. Para nós, os textos de Maciel são combustíveis que alimentam a oposição cultural.
Marta Dinamite
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