domingo, 5 de novembro de 2017

Boletim Lanterna. Ano 07. Edição 85

Sabemos que no capitalismo a mão, a voz e todo suor não envolvem CRIAÇÃO. Acumular, lucrar,  são as únicas palavras que justificam a produção artística na civilização burguesa. Podem até inventar mil desculpas em torno das noções de elevação cultural ou refinamento do gosto artístico, mas a grosso modo obras de arte são comprimidas no mesmo quadrado em que os trabalhadores vivem sem exercitar suas potencialidades criativas. Se a arte é TRANSFORMAÇÃO da realidade dada,  trabalhadores e artistas devem ser definidos nos seguintes termos:

O ARTISTA É TRABALHADOR E TODO TRABALHADOR PODE SER ARTISTA. 

Esta possibilidade histórica está intimamente ligada à necessidade de abolição do trabalho alienado. As condições subjetivas para que os trabalhadores se reconheçam como classe, passam necessariamente pela atividade estética; e insistimos mais uma vez que não se trata de mera propaganda política mas de fazer com que o trabalhador recobre suas potencialidades criativas. A tomada de consciência sobre os problemas da realidade, é um processo que também passa pela sensibilidade.
A arte livre desafia o capital. 

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