quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Na trilha do cinema descolonizado:



O processo político que culminará na emancipação do proletariado, precisa inserir no centro de suas preocupações a questão do olhar e logo da imagem que exprime as formas de consciência. Em nosso tempo o cinema é a influência mais profunda exercida no comportamento, nas atitudes e nos gostos populares. Chega a ser engraçado que os imperialistas compreendem esta questão de maneira mais aguda do que os revolucionários; o imperialismo parece entender mais de cinema do que militantes marxistas. A descolonização do cinema brasileiro é uma etapa decisiva para a elaboração de uma cultura revolucionária.
  Não será com um realismo vagabundo, com filmecos impregnados de cinismo(e de niilismo) sobre a realidade do povo brasileiro, que conseguiremos avançar no campo cinematográfico. É preciso que a lente possa agir sobre a realidade concreta, não apenas expondo nossa miséria mas encontrando nas formas precárias de vida da população uma força política transformadora.


                                                                                              José Ferroso

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