quinta-feira, 8 de outubro de 2015
Revoluções estéticas:
Num mundo tão pulverizado como o nosso, em que tem tanta coisa rolando ao mesmo, fica difícil imaginar como a pintura pode ser encarada enquanto forma de ruptura mental. A arte moderna brasileira, que conectou-se de modo autentico/original com as reviravoltas estéticas promovidas pelos movimentos de vanguarda europeus, liderou processos de alforria mental. Relembrar estes momentos de ruptura consiste não em promover nostalgia, mas sim em mostrar aos artistas o quanto é importante a pesquisa visual que gera novas possibilidades de expressão.
Romper esteticamente implica em promover novas maneiras de sentir. Ainda que mais discreta e sem os artifícios da grande mídia, os trabalhos de artistas independentes são pequenos dispositivos visuais que causam estranhamento num mundo em que a imagem é pasteurizada e está a serviço da dominação. Na hora de ser um desbravador da imagem, o pintor dos nossos dias segue pelos seus próprios caminhos. Vale lembrar que tais caminhos desaguam no caminho de pioneiros como Anita Malfatti.
Lúcia Gravas
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