quinta-feira, 28 de março de 2013

ABAIXO O DIREITISMO NA CULTURA! SALVE O ARTISTA QUE LUTA PELA DIVERSIDADE, PELA LIBERDADE E PELOS INTERESSES HISTÓRICOS DO PROLETARIADO

Atualmente a sociedade brasileira vem sendo ameaçada por uma onda de
conservadorismo que rasga com suas garras falsamente púdicas, as vozes
daqueles que concebem a cultura enquanto território da liberdade . Do
ponto de vista histórico trata-se de uma ofensiva de grupos políticos
e religiosos impregnados de práticas repressivas e cuja a influência
sobre as massas cresce diariamente. São comuns no cotidiano brasileiro
demonstrações de intolerância, de racismo, de homofobia e de
perseguições a militantes de esquerda. São portanto as conquistas
políticas dos artistas, intelectuais e dos grupos combativos situados
ao lado dos oprimidos, que estão em jogo: enquanto o Estado é
gerenciado por interesses capitalistas, notamos um clima de asfixia no
pensamento crítico, uma simbólica política de extermínio contra as
ações daqueles que não se curvam diante da exploração do trabalho, do
discurso criacionista/fundamentalista na religião e da manipulação das
massas pela mídia burguesa. Um conceito tragicamente invertido de
hegemonia vem fazendo da cultura o espaço que reprime a luta contra
todas as formas de opressão.
Nós do LANTERNA expressamos aqui não apenas a nossa preocupação
diante destas formas de dominação cultural, mas a necessidade dos
militantes da cultura responderem incansavelmente contra esta situação
que procura tolir nossas convicções mais preciosas para a edificação
do socialismo. Se todos nós sabemos que a cultura é um campo de
batalha, é preciso que a esquerda responda a estas ameaças
ideológicas. O momento exige daqueles que se ocupam da arte a urgência
de criar imagens da liberdade: as cores, os sons, as palavras, os
gestos e os mais diferentes suportes precisam ocupar
revolucionariamente os espaços da cultura. Afirmamos mais uma vez(e
quantas vezes for preciso) que as tarefas históricas da arte
revolucionária em sua diversidade colocam-se de imediato para os
espiritos livres. Devemos demonstrar aos trabalhadores e as minorias
que a História não é feita de verdades imutáveis: a História pode ser
construida com tintas, palavras, melodias, câmeras e cenários aonde o
homem é o autor do seu próprio destino.


CONSELHO EDITORIAL LANTERNA

Nenhum comentário:

Postar um comentário