quinta-feira, 25 de junho de 2015

Escrever é participar:

Se existe algo que é difícil de aguentar, são aqueles jovens militantes de esquerda que além de não terem lido Marx, são tomados pelo sectarismo. Muitas vezes estes dizem que é preciso menos palavras e mais ações. Como assim? Como é possível separar o texto escrito da ação política? Nem estou falando de jornalismo ou de textos científicos, mas de obras literárias: romances, poemas e contos podem fazer um estrago ideológico na ordem burguesa.
 Escrever, criar, produzir literatura, não é algo que está alheio da luta política. Ao contrário: escrever é agir politicamente. É interferir na sensibilidade  do leitor. É interpretar criticamente a sociedade que o leitor faz parte. Quem tiver tutano sabe que isto pode ser altamente subversivo.


                                                                                               Marta Dinamite

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