quarta-feira, 10 de junho de 2015

Romantismo revolucionário:


Diante de uma onda reacionária, caracterizada por gente que fica nostálgica perante as brutalidades e os crimes da ditadura militar(1964-1985), o Brasil necessita de pensadores que teorizam a cultura e a política sob o ponto de vista revolucionário. Michael Lowy é certamente um destes autores que nos ajudam no fortalecimento de uma oposição de esquerda. O lançamento de uma nova edição de Revolta e Melancolia, obra de Lowy e Robert Sayre(o livro saiu pela Boitempo) é uma bela oportunidade para refletirmos sobre um conceito importantíssimo: o romantismo revolucionário.
 Lowy e Sayre nos mostram que o romantismo não envolve simplesmente um movimento literário. Se a arte é um aspecto fundamental nos modos de expressão do romantismo, este último é antes uma postura e uma sensibilidade rebelde que percorrem desde o século XIX a cultura ocidental. Resgatando as experiências revolucionárias do passado, o romantismo revolucionário bebe nas mais diversas manifestações progressistas da literatura, das artes plásticas e da filosofia para agir sobre o presente. Não tenhamos dúvidas de que a teoria do romantismo revolucionário, encontrada em gente como Walter Benjamin e André Breton, é fundamental para o desenvolvimento dos debates culturais dentro do marxismo.


                                                                                                       Os independentes  

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