terça-feira, 3 de novembro de 2015

A experiência libertária do jazz:


 Em tempos de homogenização da música, o jazz é uma lição de liberdade. Muitos trabalhadores consideram a música do jazz como sendo algo chique, esnobe, coisa de playboy. Já passou da hora de mostrarmos que é exatamente o contrário: o jazz conseguiu reunir todas as condições expressivas para uma música livre, nascida em torno do proletariado, sensual,  calcada no que existe de mais libertário na cultura negra norte americana.
 Na ampla e rica História do jazz o que mais chama atenção é sem dúvida o bebop. Surgido no pós guerra o bebop envolve a amplificação do jazz: arranjos experimentais e voos sonoros  são elementos característicos do bebop. Este fenômeno que explode nos anos quarenta, alimentou a questão da autoria na criação musical. Isto não é pouco: aquela imagem do músico subalterno é negada pelo bebop que coloca a arte acima do entretenimento. É o que constatamos quando ouvimos o genial Charlie Parker.

                                                                                 
                                                                                                Tupinik

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