segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Cinema e pensamento crítico:


 No século passado o cinema, junto com o rádio e a televisão, trouxeram profundas transformações na sensibilidade e na interpretação da realidade. Sem dúvida que os três serviram muito bem aos interesses do capital, sendo que o cinema foi(e ainda é) plataforma para liberais e fascistas. Tratando-se especificamente do cinema, pode-se dizer que ele foi o grande desbravador da imaginação no século XX; não raramente usado como braço ideológico da classe dominante. Porém, sabemos também que o cinema sempre foi uma poderosa arma nas mãos do proletariado, como confirmam as declarações de Lênin sobre a importância revolucionária da arte cinematográfica(algo que comentamos aqui recentemente). Hoje em dia o cinema não é só estratégico como parte integrante do aparato do pensamento crítico.
  Observa-se nas novas tecnologias digitais que as telas fabricadas são pequenas, atendem a um modelo cultural individualista. A tela do cinema, independentemente do filme em questão, é grande e portanto permite uma experiência coletiva com a imagem. Mas se o ato de ir ao cinema não tem grande peso na cultura atual(embora a produção cinematográfica  ainda mova milhões) o fato é que sem a compreensão da linguagem cinematográfica os trabalhadores são alvos de um sistema que domina cada vez mais através do audiovisual. A montagem, os cortes, a narrativa, os ângulos , a edição e outros conceitos são mecanismos necessários que devemos dominar no combate à manipulação de massa. Insistimos mais uma vez: o militante de esquerda necessita de uma formação cinematográfica para lidar com a cultura digital.


                                                                                       Geraldo Vermelhão

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