sexta-feira, 13 de novembro de 2015
As revoluções estéticas não são óbvias:
A obviedade que torna empobrecedora ,e em muitos casos redundantes, obras revolucionárias é um mal que sempre acompanhou o trabalho de muitos artistas e estetas. Especificamente no campo das artes visuais, é comum cair num raciocínio mecânico: para uma obra de arte ser revolucionária ela deve representar a luta ou as dificuldades econômicas da classe operária. Sem dúvida que isto deve ser levado em conta, mas nem sempre o conteúdo define por si só a forma revolucionária.
Movimentos de vanguarda como o Construtivismo russo, nos ensinam que a ruptura com a ideologia burguesa também se processa no campo da percepção: uma redefinição da experiência estética abrange possibilidades criativas, sendo que as figuras geométricas, por exemplo, trazem uma abertura cognitiva que é definitivamente emancipadora do ponto de vista da consciência. Revolucionar a representação e alterar os sentidos adestrados pelo poder do capital, são tarefas estéticas que precisam ser levadas em conta.
Os Independentes
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