Expressão da contracultura, o rock psicodélico recusa-se em ser nostalgia sessentista. É claro que o que hoje populariza-se como psicodélico tem pouco a ver com a rebelião juvenil em que que música, visões cósmicas e práticas dionisíacas eram parte de uma posição política anti establishment. Embora a psicodelia tenha se desdobrado em outros momentos da História da cultura jovem(quem passou da casa dos trinta certamente se lembra da explosão techno dos anos noventa, em que atmosferas psicodélicas eram recorrentes), hoje ela mostra que a sua influência no rock veio pra ficar. O quarteto inglês The Temples é certamente a principal expressão do rock psicodélico na atualidade.
A banda de The Temples toca no Brasil nos próximos dias 13 e 17 de maio. Do primeiro single Shelter Song até o disco Sun Structures , a banda inglesa tem sido elogiada entre críticos de rock. De Mick Jagger a Noel Gallagher, The Temples ganhou a simpatia de nomes de peso do rock. Ou seja, quando a música pop parece ser um deserto, estes jovens aparecem para valorizar o que de mais criativo existe no campo do rock. Tudo isto é interessantíssimo sob o ponto de vista musical. Mas, ao mesmo tempo, esperamos que a nova geração perceba também que a psicodelia não é uma receita de prateleira do pop, mas uma postura estética que não compactua em essência com a sociedade burguesa.
Tupinik
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