É no ato da escrita que descobrimos a nossa liberdade. Se considerados o leitor trabalhador um ser potencialmente livre, se estamos cientes do tipo de existência politicamente limitada que ele possui na sociedade existente, então a escrita não pode ser um deleite e tão pouco um luxo. A criação literária possui um caráter irremediavelmente político e seu exercício visa invalidar o discurso repressivo colocado por um mundo que controla, administra os indivíduos.
Definitivamente o pequeno número de leitores pode ser um fato que a princípio desanime o escritor de esquerda. Porém, ainda que um trabalho literário revolucionário não seja reconhecido logo de cara, suas qualidades estéticas que exprimem a oposição ao sistema vigente, está aos poucos arando a terra para o futuro.
Lenito
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