Quando exercemos uma prática artística que se quer revolucionária, não podemos perder de vista que a própria Revolução exige um outro corpo. Não é nada destas baboseiras da hora do recreio, ou seja aquelas ocasiões privadas em que intelectuais pequeno burgueses se fecham em suas pequenas perversões de grupinhos elitistas. Se a sensualidade implica no prazer dos sentidos, então os objetos artísticos enquanto experiências sensuais, devem operar uma transformação do corpo/consciência numa perspectiva transformadora: romper com a alienação é um ato que toma o mundo não como um apêndice da mercadoria mas como uma relação erótica que rejeita o controle do capital sobre o corpo. Sendo a arte manifestação da essência humana, a criação artística deve consistir numa forma de oposição política que exige a libertação dos sentidos escravizados. A energia erótica canalizada na criação artística é um passo importante na consolidação de uma realidade política revolucionária.
Os Independentes
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