segunda-feira, 3 de agosto de 2015
O cinema de Godard:
Ao dissecarmos a linguagem cinematográfica, buscamos na autópsia audiovisual elementos revolucionários, que negam o imperialismo norte americano via Hollywood. Nesta operação Jean Luc Godard é um dos autores que ainda dá as cartas. A filmografia de Godard é um exercício constante de crítica, reflexão e sobretudo invenção. Um exemplo de que Godard ainda é fonte de debate cinematográfico, encontra-se no livro do filósofo e historiador Georges Didi-Huberman(a obra Passés Cités foi lançada recentemente na França). Este livro certamente engrossa a ampla bibliografia sobre a obra e o pensamento estético de Godard.
Seria importante para os cineastas brasileiros não vincularem a obra de Godard a algo " sofisticado " , " hermético ", voltado apenas para meia dúzia de especialistas em cinema. Jean Luc Godard foi parte de uma geração que defendeu a figura do autor no cinema: um cinema autoral, livre conduziu muitos cineastas para o campo da contestação política(e é preciso lembrar que foi Glauber Rocha quem mostrou esta direção para Godard). O cineasta francês é uma referência na luta por um cinema revolucionário.
Lenito
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