terça-feira, 25 de agosto de 2015

O norte da rebelião cultural:

Toda carga burguesa que impregnou a ideia de arte não foi ainda totalmente destruída. Não é apenas uma questão estética mas política: a liberdade de composição plástica, legada pela arte moderna e pela arte contemporânea, vem sendo caluniada por um liberalismo que há décadas converte a obra de arte em valores financeiros. Se os indivíduos na sociedade burguesa são obrigados a gerar o tempo inteiro valores financeiros , obviamente que a arte também encontra-se pregada na porta de todas as lojas que saqueiam o espírito. Será que a simples negação, a velha antiarte, é o caminho para a sabotagem cultural contra o mundo burguês? O futuro da arte não está na arte em si mas na política: o artista não pode pelos recursos estéticos libertar-se das cadeias econômicas do capital. A arte que cultiva um sentimento de rebelião contra o status quo, depende da luta política que colocará abaixo o capitalismo. Não importa se isto pode demorar: não é hora de sermos vaidosos mas de inserirmos nossa criação num projeto histórico que nega o presente estado de coisas.

                                                                             Os Independentes 

                                                             

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