terça-feira, 4 de agosto de 2015

O traço violento de Grosz:


Quais são as implicações estéticas da crise econômica? Há quem queira tapar o sol com a peneira fazendo imagens que nascem e morrem no " eu ". Mas por outro lado existem aqueles artistas(e esperamos que estes sejam a maioria) que fazem da pintura, da gravura, do cartaz expressões de sátira e crítica social. Num Brasil que assiste a uma burguesia furiosa e trabalhadores cada vez mais ferrados(desemprego, falta de grana, etc e tal) a arte precisa encaminhar-se para o plano da crítica objetiva; o que não exclui a criatividade. É por estas e outras que o trabalho do artista alemão Georg Grosz torna-se fonte de inspiração e alvo de releitura.
 Artista rebelde e decididamente de esquerda, Grosz fez de sua arte durante os anos da República de Weimar, um canhão que apontava contra líderes belicosos, burgueses escrotos e os demais  reacionários do período. Uma Alemanha corroída pela crise econômica era o cerne da sua arte de combate. Tá aí um artista que no Brasil de hoje pode ser útil nas mãos dos revolucionários.


                                                                                      Geraldo Vermelhão

Nenhum comentário:

Postar um comentário