O escritor militante não reconhece o sucesso individual e outras formas de alpinismo intelectual. Escrever é agir e portanto participar ativamente do processo político. Não se escreve no vácuo, na estratosfera das letras. A criação literária não flutua, ela é parte integrante da superestrutura ideológica. Portanto a obra literária implica numa posição política no interior do modo de produção capitalista. Na ampla variedade estilística e nos mais amplos traços que definem a personalidade e o temperamento de um autor, o texto exprime inevitavelmente uma posição de classe. Não precisamos de literatos mas de escritores revolucionários, que participam ativamente das lutas do proletariado. Um poema pode ser mais barulhento que uma pedrada. A inspiração não é deleite: é estilingue poético.
José Ferroso/ Geraldo Vermelhão
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