Só não se pergunta sobre a utilidade política da arte o artista alienado. Ninguém pode deixar de observar na sociedade de classes o significado político que a imagem encerra: seja para dominar ou libertar, a arte exprime sempre uma posição política frente a um determinado modo de produção. Seria este um raciocínio sectário e utilitarista? Evidentemente que a necessidade da criação artística abrange também questões que não estão diretamente ligadas à luta de classes. Porém, só poderemos viver esteticamente, experimentando a beleza desinteressada das coisas, quando o capital for destruído. Até lá, o artista não pode abandonar a sua responsabilidade política para contribuir com uma sensibilidade revolucionária.
Geraldo Vermelhão
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