segunda-feira, 2 de março de 2015

Arte proletária e vanguardismo:

No Brasil, as grandes novidades artísticas da modernidade foram essencialmente coisas de classe média. Poucos são os exemplos de artistas de vanguarda que atuaram no movimento operário. Sendo assim, tirando algumas exceções como o romance de Pagu , a dramaturgia de Oswald de Andrade e o cinema de Glauber Rocha,  o que encontramos é o descompasso entre a pesquisa formal de vanguarda com o conteúdo político revolucionário.
  Mesmo sendo discutível hoje o sentido da palavra vanguarda, a verdade é que as rebeliões formais ainda estão nas mãos de pessoas que não avançam sob o ponto de vista político: reformistas, reacionários e gente altamente despolitizada conhecem bem as práticas artísticas que não são nem um pouco convencionais para o gosto burguês. O que fazer? A saída para este embate histórico só pode ser uma: os jovens artistas proletários precisam dominar as estéticas dos movimentos de vanguarda. Tão urgente quanto uma formação política marxista, é expor como o próprio marxismo auxilia na criação de uma arte proletária que assimilou as formas de vanguarda.


                                                                                             Geraldo Vermelhão

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