sexta-feira, 6 de março de 2015

Cinema e marxismo em Leon Hirszman:

Deveria-se escrever mais sobre o cineasta brasileiro Leon Hirszman. Digo mais: é preciso assistir e conhecer a fundo os filmes deste que é o autor mais politicamente contundente do movimento do Cinema Novo. Além de ter sido um dos fundadores do CPC(Centro Popular de Cultura), Leon foi um cara que soube aplicar criticamente os ensinamentos do materialismo dialético no plano da linguagem cinematográfica.
 " Filiando-se " desde muito jovem ao método eisensteineano, Leon Hirszman ajudou a modernizar e politizar o cinema brasileiro. Sua contribuição é fecunda e abrange filmes emblemáticos como Pedreira de São Diogo, A Falecida, O ABC Da Greve e Eles Não Usam Black Tie. A principal razão para insistir na importância cinematográfica de Leon, é que seus filmes podem fazer com que muitos jovens cineastas tomem vergonha na cara na hora de filmar: é a realidade do proletariado, sujeito histórico que pode levar o capitalismo para o chão, que Leon decidiu filmar; é disto que o cinema brasileiro atual necessita, e não do lixo comercial que faz a classe média lamber os dedos e os olhares.


                                                                                                          José Ferroso

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