sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Que se leia Benjamin Péret!

A melhor coisa que um revolucionário pode fazer no " dia da pátria ", é ir ao botequim mais próximo, ou a até a praça mais próxima, e ler em voz alta (e com violência) algum poema de Benjamin Péret. Este feito já seria uma modesta tentativa para desmistificar todas as pátrias e promover a verdade surrealista da revolta e do amor. O difícil no entanto, é encontrar poemas de Péret, já que as editoras não dão a menor bola para a poesia selvagem deste rebelde incorrigível. Péret ainda assusta: além de ter sido um dos fundadores do movimento surrealista em Paris, ele deixou nossos modernistas de cabelo em pé, despertou o ódio de fascistas com sua militância comunista, enfezou stalinistas quando adere ao trotskismo, deixou trotskistas perplexos ao colaborar com anarquistas, retirou a poeira dos estudos históricos e antropológicos do Brasil ao problematizar a cultura afro e o Quilombo de Palmares, deu uma lição de agitação e propaganda ao valorizar a arte revolucionária no nosso movimento operário, etc, etc e tal...    
  Fica a nossa sugestão para os companheiros procurarem saber mais sobre Péret.


                                           Os Independentes

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