É dever do militante da cultura arrancar as obras revolucionárias do esquecimento. No caso de Oswald de Andrade, nós fazemos questão de revirar o fundo do baú na busca por textos que afiam os nossos dentes para devorar o melhor da arte revolucionária. Além do praticamente desconhecido manifesto " Á luz da dialética marxista, o papel do artista "(publicado recentemente no nosso blog), existem vários outros textos que esperam não o reconhecimento acadêmico(coisa que faria Oswald sentir nojo) mas a sua aplicação, a sua realização militante . A pequena peça " Panorama do fascismo ",de 1937, seria um exemplo fecundo para se lutar por um teatro político moderno no Brasil. Junto com as peças " O Homem e o Cavalo ", " A Morta " e " O Rei da Vela " , esta pequena peça forma o melhor teatro político em terras brasileiras: é uma dramaturgia antropofágica que concebe no mesmo plano cênico a vanguarda no sentido estético e político.
Felizmente Oswald já é praticado por gente muito boa do nosso teatro. No entanto, muita gente também desconhece a sua dramaturgia(fazer o que: é a sina dos radicais serem abafados pela burguesia). Mas felizmente este processo é reversível: O teatro de Oswald, voltado para as massas, numa perspectiva muito mais interessante do que o futebol, precisa sair do ambiente de classe média para chegar no proletariado. Sem vacilar, diríamos que os trabalhadores iriam mergulhar no humor anárquico do escritor antropófago.Propormos que os companheiros incorporem em sua práxis teatral a agressividade e a amplitude expressiva deste teatro. O lugar do teatro de Oswald de Andrade é ao lado do proletariado revolucionário.
Turma da Terceira Dentição
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