A análise marxista dos fenômenos artísticos sempre focou a dimensão ideológica inerente a todos eles. De fato, a História da arte e da literatura não pode ser analisada fora do conceito de ideologia: enquanto parte integrante da superestrutura, a arte exprime as ideologias de uma determinada sociedade. Porém, não podemos reduzir o sentido e o impacto das obras de arte unicamente ao fato ideológico.
Quando Marx afirmou que a arte clássica da antiguidade grega, envolvia modelos estéticos que ainda se comunicam com o homem contemporâneo, ele apresenta a seguinte conclusão: mesmo quando um determinado modo de produção é superado historicamente, a sua produção artística ainda possui uma força expressiva que se comunica com homens de períodos históricos posteriores. Portanto, se a arte de qualquer período histórico, não se separa da esfera ideológica, tão pouco suas qualidades estéticas limitam-se a esta.
Lenito
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