Para um autor brasileiro, desenvolver um estilo revolucionário na escrita não é um desafio que se fecha nos limites da literatura brasileira. Se é urgente a assimilação de nossa História literária naquilo que ela apresenta de mais progressista e iconoclasta, ao mesmo tempo devemos colocar a cabeça pra fora do mapa e absorver a literatura revolucionária de outros países. Certamente que muitos limitam esta investigação estética internacional nos quadros da literatura francesa ou de qualquer outro país europeu. Na verdade, a literatura brasileira de esquerda teria grande avanço se os escritores revolucionários começassem a ler também escritores dos nossos países vizinhos.
Gabriel Garcia Marquez, Luis Sepúlveda e Manuel Scorza seriam alguns exemplos clássicos do que de melhor a literatura latino americana apresenta. No caso deste último, é impressionante observar os volumes que compõem a obra Baladas. Neles as lutas dos camponeses peruanos dos Andes Centrais estão magistralmente registradas.
José Ferroso
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