domingo, 14 de dezembro de 2014

A memória teatral e musical enquanto resistência política:

Para os lacaios da classe dominante, não basta marginalizar as ideias revolucionárias. O que eles querem é sepultar as manifestações políticas e culturais que enfrentaram períodos de repressão na História do nosso país. Sendo assim, existe uma orquestração de informações cujo grande objetivo é criminalizar os militantes de esquerda; especialmente durante o período da ditadura militar. Mas enquanto um punhado de pequenos burgueses histéricos pedem por um novo golpe de Estado, temos o dever de cultivar as formas de resistência contra o autoritarismo de ontem e de hoje. O teatro e a música popular no Brasil, são expressões privilegiadas disso. 
 Existem inúmeros livros, CD´s e DVD´s que captam através de documentos e análises históricas, o inestimável valor da nossa produção teatral e musical que fez questão de se opor ao regime militar e sua brutalidade expressa na censura, nas prisões, torturas e assassinatos. Livros atuais como o recentemente lançado Com Séculos nos Olhos- Teatro Musical e Político no Brasil dos anos 1960 e 1970(o livro saiu pela editora Perspectiva), de Fernando Marques, são assim demonstrações valiosas que flagram a coragem e criatividade de artistas que cantavam pela libertação do povo brasileiro. Se hoje alguns cantam, escrevem e interpretam a favor da burguesia, outros já cantaram pela liberdade. Colocar em foco pessoas como Augusto Boal e Nara Leão, significa enfrentar os atuais assassinos da memória.


                                                                                         Geraldo Vermelhão 

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