domingo, 14 de dezembro de 2014

Antiarte não é questão formal mas política!

Dentre as redundâncias que alguns críticos e historiadores da arte emitem, encontramos aquelas em que o fenômeno da antiarte é julgado por critérios estéticos. Para muitos a antiarte que nasceu da rebelião Dadá do início do século passado, teria se esgotado enquanto " vanguarda ", pois a arte contemporânea não possui mais nenhuma amarra estética. Mas além de não ter nada a ver com vanguarda, na medida em que o próprio Dadá recusou a condição de escola artística, a antiarte questiona a própria instituição da arte e logo a organização social que esta expressa. Portanto, antiarte não é uma oposição formal mas um gesto político que atinge a cultura ocidental e por tabela os valores e tradições que regem a civilização ocidental. 
 Várias expressões históricas de antiarte tornam-se evidentemente prisioneiras do seu tempo. Porém, a antiarte é uma constância que possui pelo menos um século. Esta rebelião não é simplesmente estética: ela é uma reivindicação anárquica que repudia a cultura burguesa.


                                                                                               Marta Dinamite 

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