sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

A questão do Teatro Operário:

Um erro básico do idealismo teatral, é colocar pequenos burgueses para representar personagens proletários. Se existe uma lição fundamental dentro do teatro que se quer participante da vida política e das grande questões sociais, é  a de que precisamos formar atores, diretores, dramaturgos e teatrólogos de origem proletária. Isto pode até soar " proletarizante demais ", mas não é: se o teatro que desejamos é uma reflexão sobre a realidade na sociedade de classes, ele só pode adquirir relevância política quando artistas trabalhadores se comunicam (pela força expressiva nascida de sua vivência de classe) com um público de trabalhadores.
 É muito frequente encontrarmos na História do teatro político brasileiro, a representação cênica da luta operária feita por e para classe média. De fato muitas destas iniciativas são honestas em sua intenção de colaborar com a interpretação crítica da realidade. Mas isto não basta: sendo o proletariado protagonista de suas lutas políticas, ele também deve ser protagonista nas suas criações artísticas. É dever das organizações políticas de esquerda, introduzir a classe operária brasileira nas lições teatrais de gente como Piscator. 


                                                                                                  Lenito 

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