segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Liberdade, Luta e Rock:

Abrir a cuca e alargar o horizonte político, é uma predisposição ideológica que passa pela questão da arte. Infelizmente na História do movimento estudantil brasileiro, encontramos exemplos de limitações e simplificações políticas que por não responderem concretamente aos problemas da realidade, acabam tendo uma visão tapada da criação artística. Mas, felizmente, o contrário também ocorre: historicamente correntes políticas e tendências estudantis fizeram da produção cultural um polo revolucionário, que torna-se embrião da vanguarda política. Nos anos setenta em especial, os caras da LIBELU(Liberdade e Luta) devolveram consistência ao pensamento marxista e amplitude para o debate estético.
 No âmbito da música, os trotskistas da LIBELU mostraram para a esquerda nacionalista que o rock não é " conversa do imperialismo ", mas uma postura musical que contesta até a medula os fundamentos morais da sociedade burguesa. Falando a língua de boa parte da juventude dos anos setenta, a LIBELU representa nas discussões políticas e artísticas da época, um salto da direção do internacionalismo revolucionário. As mudanças comportamentais trazidas pela contracultura via rock ´n´ roll , não foram vistas pelo trotskismo como um bicho papão reacionário, mas sim como um reforço bacana para a militância comunista. 


                                                                                                   Tupinik 

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