Se a guerra fria é coisa do passado, o conceito de subdesenvolvimento ainda aplica-se claramente à realidade econômica e social do Brasil. Com a crise atual borrando a maquiagem da denominação " emergente ", a questão que nos é colocada é: a arte de combate feita no Brasil diz respeito ao chamado " terceiro mundo "? Pode não existir mais o " segundo mundo ", ou seja o bloco de países formados por burocracias que se autodenominavam " socialistas ", mas o fato é que ainda existem os países capitalistas pobres. América Latina, África e alguns países da Ásia possuem a miséria e o saque imperialista enquanto realidades em comum. Qual arte condiz com estas realidades históricas/geográficas?
A arte dos países explorados precisa ser necessariamente uma arte rebelada, capaz de unificar as tradições populares e apontar na direção da independência política. Nada de ficar imitando padrões europeus(ainda que sejam de " vanguarda "). As estéticas revolucionárias deverão nascer em solo explorado.
José Ferroso/Lúcia Gravas
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