O processo de putrefação da cultura estabelecida faz com que a teorização sobre as manifestações artísticas entrem no mesmo samba. Não existindo saída artística e política fora da oposição ao modo de produção capitalista, estetas e artistas precisam voltar-se para as reflexões marxistas. O objetivo não é encontrar um teto ideológico para realizar profissões de fé. O pesamento marxista oferece uma compreensão da História que não permite surtos idealistas, escapismos de boteco, individualismo decadentista, etc. Analisando a arte enquanto parte integrante da superestrutura e logo uma atividade capaz de interferir na base material da sociedade, o pensamento marxista não molda a arte mas fortalece intelectualmente o artista que percebe as pesadas correntes que aprisionam o seu voo libertário.
Haveria um único caminho estético para o marxismo? Maiakóvski, Brecht, Lukács, Breton, Sartre, Pedrosa, Glauber, Godard, Benjamin, Marcuse, Trotski, Meyerhold, Gorki, Eisenstein... Existem muitos caminhos para a as reflexões estéticas marxistas. Apesar de suas diferenças(que são um pressuposto saudável para o debate) estas teorias são indispensáveis para o artista rebelde.
Geraldo Vermelhão
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