terça-feira, 8 de setembro de 2015

Teatro livre e popular:

Engana-se quem acha que um teatro experimental, antinaturalista e politizado, seja coisa de classe média. Pelo contrário: a modernização da linguagem teatral feita por gente como Meyerhold, Maiakóvski, Piscator, Brecht e Oswald baseia-se no gosto popular, que rompe com as estruturas convencionais da representação no palco. As formas populares de diversão teatral passam longe do teatrão e por isso reivindicam no seu molho estético o protesto político e a sátira social.
 Um grupo de teatro embasado na crença de que a arte participa do esclarecimento quanto aos problemas concretos da realidade brasileira, deve encaminhar-se para os locais aonde o povo está e não ficar sonhando com grandes espetáculos em espaços institucionais(economicamente a ideia do teatrão fica ainda mais complicada devido à crise em que as preocupações culturais para governantes vão para o fim da lista de prioridades).  É preciso assumir um teatro livre e popular se quisermos avançar esteticamente/politicamente.


                                                                          Geraldo Vermelhão

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