terça-feira, 15 de setembro de 2015

CPC: Revolucionário ou zdanovista?


O Centro Popular de Cultura criado em 1961, vinculado à UNE, envolveu uma concepção artística própria dos anos do governo Jango. As reformas de base e toda aquela atmosfera esquerdista permitiu a emergência daquilo que o próprio CPC classificava como " arte popular revolucionária ". Pautada pelo nacionalismo, uma produção artística de protesto empenhava-se na compreensão da arte popular enquanto arte que expressa a consciência revolucionária do proletariado.
 De que maneira as reflexões estéticas marxistas em torno de Carlos Estevam, podem ajudar na orientação dos artistas militantes de hoje em dia? Aquela arte combativa do janguismo, calada pelo Golpe de 64, seria uma saída para a torre de marfim? Haveria influências nocivas do realismo socialista na estética do CPC? A resposta cultural revolucionária é necessariamente nacionalista? Será que a arte popular revolucionária supera a passividade do povo e contribui para a sua consciência política? Como avaliar o legado do CPC após o avalanche de manifestações e movimentos como o tropicalismo e o punk? Estas perguntas ainda não foram suficientemente debatidas...


                                                                                         Lenito/José Ferroso

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