quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Literatura e transgressão social:


Quando divorciada da vida concreta, da língua viva e cotidiana, a literatura não passa de exercício formal. Seja pelos caminhos da prosa ou do poema(ou ainda desafiando os limites entre ambos) a literatura pode revelar formas de consciência social que pela franqueza e proximidade da vida concreta, eleva o homem para além da miserável rotina da sociedade alienada.
 Ao adotar um processo de exteriorização sobre aquilo que se passa no interior do escritor que se move concretamente no mundo, a escrita torna-se ação libertadora. A imaginação explode as cadeias mentais e liberta a nossa percepção. Portanto, os códigos de escrita deixam de ser a tradução dos interditos do mundo burguês para converter-se em transgressão, em um passeio por uma realidade mais viva(e politicamente indomável ) do ser. Os beats e os surrealistas ilustram este processo de alforria mental.


                                                                                              Marta Dinamite

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