(...) O expressionismo tratava por tu todos os homens sem conhece-los e se orientava pouco a pouco em direção ao fantástico, ao irreal. Tenho sido qualificado, muitas vezes, de expressionista, mas isto é um contra-senso absoluto, pois eu tomava o relevo do expressionismo no ponto a partir do qual ele deixava de atuar. As experiências da Primeira guerra mundial ensinaram-me com que realidade e que realidade devia contar: opressões políticas, econômicas, sociais; lutas políticas, econômicas, sociais. Via no teatro o lugar adequado onde estas realidades podiam ser iluminadas. Naquele tempo(1920-30) só havia um pequeno número de autores - Toller, Brecht, Mehring e alguns outros - que se esforçavam por descobrir estas novas realidades em suas obras. Seus esforços nem sempre tinham êxito. O que faltava ás obras eu tinha de acrescentar por mim mesmo.
Erwin Piscator
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