domingo, 27 de outubro de 2013

Os fundamentos da Arte de esquerda:

Várias organizações políticas e militantes revolucionários em geral, precisam neste atual momento de agitação social, refletir sobre as suas práticas artísticas. O debate cultural adquiriu nos últimos meses um novo destaque: já falamos o suficiente como a dimensão estética encontra-se modificada, revolvida perante os protestos sociais. Sendo assim, é necessário que ocorra nos dias de hoje a difusão de ideias/conceitos que fundamentem  a práxis da arte.
   Somos todos parte de um grande esforço no qual as artes caminham para uma síntese expressiva nas ruas: do gesto cênico, passando pela imagem do vídeo, do grafite, do canto improvisado e da palavra escrita(numa interessante tensão entre o poético e as palavras de ordem). O nosso tempo reafirma mais uma vez que a arte se fundamenta na luta política. Entretanto, é comum notarmos muitas câmeras e poucos livros, muito entusiasmo e pouca reflexão. Perante a interdependência entre a teoria e a prática, julgamos importante que tanto as organizações políticas quanto os coletivos de cultura, aprimorem a formação cultural revolucionária dos seus membros.
 Para filmar, pintar, escrever, etc, é preciso buscar diferentes elementos teóricos: Eisenstein, Maiakóvski, Brecht, Lukács, Benjamin, Breton, Oswald, Pedrosa, Glauber, Godard e tantos outros possibilitam, em suas diferenças, o enriquecimento do pensamento estético voltado para a ação artística de natureza anticapitalista. Que se proliferem grupos de estudos autônomos sobre Arte Revolucionária. O artista trabalhador deve se fortalecer intelectualmente na luta contra a cultura dominante.


                                              Conselho Editorial Lanterna

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