domingo, 2 de fevereiro de 2014

Cineasta que é latino americano não faz honras á Hollywood:



É compreensível quando atores e diretores brasileiros chegam aos degraus de Hollywood, que a burguesia brasileira sinta-se orgulhosa. Sem querer colocar em questão aqui as concepções estéticas e ideológicas de muitos nomes do cinema brasileiro que mergulharam no mercado norte americano, parece-me legítimo em contrapartida, defender a necessidade do cinema brasileiro não exportar apenas entretenimento mas expressões artísticas politicamente combativas e portanto conscientes da opressão imperialista. De acordo com as lições de Glauber Rocha e o seu cinema tricontinental, se faz necessário que os países capitalistas pobres criem um sistema de produção e distribuição independentes das grandes empresas cinematográficas. Tratando-se particularmente do cineasta latino americano, este é um trabalhador da sétima arte que fundamentado numa prática política revolucionária faz do cinema não um degrau para o sucesso internacional mas uma ponte para o combate cultural internacionalista.
 Se muitas escolas de cinema estão interessadas apenas em aulas sobre comércio e propaganda, talvez os cineastas que historicamente podem compor a oposição cultural que me refiro acima, sejam aqueles provenientes da classe trabalhadora. Este cineasta deve ser formado desde já, fazendo das organizações de esquerda espaços culturais aonde diretores de cinema não sejam educados para servir o capital mas, a partir de uma formação crítica, que contempla literatura, filosofia, ciências humanas, pintura, teatro, etc, sirva ao povo explorado. Sobre o mapa mundial a câmera do cineasta militante não se volta para os países imperialistas, mas para os países que devem se libertar do domínio político.


                                                                                 Lenito 
   

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