sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Conspiração estética:

Observem com atenção as imagens que rondam o cotidiano. Leiam, como espiões do verbo, os significados das palavras do comércio(que nunca dizem nada). Todo este autoritarismo descartável de imagens e palavras embaladas pode ter a sua estrutura alterada por uma tempestade de novos significados. Utilizando o material do inimigo obtemos munição simbólica. Trata-se de produzir um efeito contrário, sequestrando significados banais para profanar os templos capitalistas. O artista e o poeta não podem fugir deste campo, pois se tentarem escapar sua arte terá o espírito degolado, sobrando apenas mais um objeto condenado ao cifrão.
    Estou me baseando exatamente em que? Se puxarmos na História vocês podem apontar o Pop, os situacionistas e muito antes disso Dadás e surrealistas. Mas não se trata mais de ficar circunscrito em uma corrente. Os capitalistas jogam(e jogam pesado) através das repetições eternas do mesmo...Enquanto existir o último capitulo da novela, o gol na decisão de algum campeonato e o super herói do quadrinho esfolando a soberania cultural dos países capitalistas pobres, então não resta outra saída senão usarmos a estética do inimigo para reorganiza-la numa imagem subvertida. Enquanto a temperatura política aumenta, vamos persistir numa pesquisa estética na qual a arte refuta os símbolos do capital.


                                                                                           Marta Dinamite

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