(...) O surrealismo quis sempre ser a poesia e a revolta em estado permanente. A arte era para ele apenas um meio, como outro, de modificar o homem por dentro, enquanto a revolução o modificava por fora, nas instituições. O revolucionário, como qualquer outro, sonha. A ética surrealista quer que este revolucionário " tome conhecimento do seu próprio comportamento e no esforço em pôr-se de acordo, sob todos os pontos, consigo mesmo ", o surrealismo pensa não ter empreendido outra coisa senão engrandece-lo(...).
Mário Pedrosa, 1967.
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