Os espelhos piedosos seguem retocando as
imagens
Porém os espelhos malignos
Continuam destorcendo-se
Até os próprios ossos
É o mundo das aparências
Que ás vezes costuma ser o mundo da realidade
Aquele que nos enforca
Ou nos faz rir de alegria
A água também costuma ser um espelho
Mas um espelho que amiúde engole as imagens
Sem que essas imagens venham a ser peixes
E então tudo está perdido
Até o momento em que detrás desse espelho
Lês teu nome escrito com letras invertidas
Que fazem com que gritem os espectadores
Que reclamam viva força
Mais claridade
Digamos
Muito mais transparência
E sem ilusões
Enrique Gómez Correa
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