Neste sábado comemora-se o aniversário de Pablo Neruda(1904-1973). A data soma-se com a exposição de vinte poemas inéditos do autor, realizada pela fundação que administra o acervo do poeta em Santiago. Neruda é pura polêmica, já que sua trajetória literária e política esbarra-se nas contradições do stalinismo e em momentos trágicos do século passado como a guerra civil espanhola(1936-39). Segundo o poeta chileno sua militância em direção ao comunismo deu-se a partir deste evento que marca a luta contra a ascensão do fascismo. Neruda, que filiou-se ao Partido Comunista chileno somente em 1945, foi um poeta de extremo talento e de péssimas escolhas políticas: o culto á figura de Stálin, foi uma das taras de Pablo Neruda que junto a uma parte de sua geração de artistas e escritores, entregou-se cegamente.
Apesar do incidente stalinista, não podemos deixar de contemplar a magnitude das poderosas imagens que emanam da poesia de Pablo Neruda. Os companheiros trotskistas deste periódico que me perdoem, mas não podemos falar em poesia revolucionária ou em arte engajada sem que os versos de Neruda sejam evocados.
Lúcia Gravas
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